Moreira está repleta de lugares com história. Ruas, praças e largos, edifícios notáveis, civis e religiosos, modestas casas de arquitetura tradicional contam-nos como viviam os nossos antepassados e testemunham as suas alegrias e tristezas.
No que diz respeito ao restante património arquitectónico religioso, são dignas de apreço, a edificação, junto à Igreja Paroquial, do pequeno templo dos Passos; as Capelas de Nossa Senhora Mãe dos Homens e Cristo – Rei, em Pedras Rubras; a Capela de Santo António, no lugar da Guarda e o Cruzeiro do Padrão de Moreira, setecentista, em mármore e Estremoz.
Da arquitetura civil, são notáveis alguns edifícios, como a “Casa da Torre” e a da “Quinta de Pedras Rubras”, onde esteve alojada a Cooperativa Popular de Moreira e por isso hoje conhecida com a “Casa da Cooperativa Popular”, com um frontal em alvenaria de granito lavrado e cuja inauguração data de 1927, bem como todo um conjunto de construções oitocentistas patentes na Praça do Exército Libertador (Largo da Feira de Pedras Rubras).
Sobre o Rio Leça, no extremo Sul da Vila, ergue-se uma ponte granítica, conhecida como “Ponte de Moreira”, com dois arcos de volta inteira e, entre estes, a montante, uma talha mar prismática, datada do século XVI. Carlos Alberto Ferreira de Almeida supõe a existência de uma via daquela recuada época, passando por Moreira e servindo a zona marítima.
Na obra “Portugal Económico, Monumental e Artístico” é referido o “Castro de Pedras Rubras”, embora sem especificação de dados arqueológicos. Foi neste lugar construído o Aeroporto de Pedras Rubras, posteriormente designado como “Aeroporto Francisco Sá Carneiro”, o segundo maior do País.
Mas não se resume apenas à arquitetura, tanto Religiosa como Civil, a história da atual Vila de Moreira.
Por força do seu bem irrigado solo, aqui se cultivaram cereais e linho. Foi, como é referido em documentos da época, uma das áreas mais significativas do fornecimento do velame que equipou as caravelas que “deram novos mundos ao mundo”, no dizer do Poeta.